segunda-feira, 30 de abril de 2012

CONVITE



ASSEMBLEIA POPULAR  DA REGIÃO NOROESTE DE GOIANIA E
FÓRUM DO GRITO DOS EXCLUÍDOS/AS DE GOIÁS

Em 2011 iniciamos um processo de mobilização com as lideranças comunitárias na região noroeste, desencadeando 2 encontros de formação e um ato público no qual foi distribuído um manifesto com as demandas sociais, econômicas e culturais das comunidades.

A realidade em 2012 não é muito diferente. As pessoas que moram na periferia continuam sendo as principais vítimas da violência e do descaso nas políticas públicas, em especial a saúde e educação. 

Por isso, é preciso nos mobilizar, para celebrar nossas conquistas e retomar a luta pelas melhorias básicas na Educação e Saúde públicas. 

CONVIDAMOS a todos para participar do 2º Ato Público no dia1º DE MAIO,
que terá início com a Concentração no CAIS do Jardim Curitiba II a partir 08h30.

Dilma precisa vetar todas mudanças no Código Florestal para proteger natureza



Por Luiz Zarref
Dirigente da Via Campesina Brasil

Especial para Página do MST
O projeto que altera o Código Florestal brasileiro, votado nesta semana na Câmara dos Deputados, representa a pauta máxima ruralista. A bancada apoiadora do agronegócio e defensora daqueles que cometeram crimes ambientais mostrou sua coesão e conseguiu aprovar um texto de forma entrelaçada, comprometendo todo o projeto.
O texto está de tal forma que se a presidenta Dilma vetar partes dele, continua a mesma coisa. Exemplo: se vetar a distância mínima de floresta recuperada na beira de rios que ficou em 15 metros – atualmente é de 30m -  o texto ainda fica sem nenhuma menção de recuperação nestas áreas. O turismo predatório em mangues também fica permitido, segundo o projeto.
Os ruralistas também aproveitaram para dificultar o processo de Reforma Agrária, com a restrição de dados governamentais para a população e até mesmo com a tentativa de anular as áreas improdutivas por desrespeito ao meio ambiente, tal como manda a constituição.
O pousio, ou seja, o descanso que se dá a terra cultivada, ficou sem qualquer restrição de tempo e de técnica. Isso acaba com o conceito de área improdutiva. O texto viabiliza as áreas que estavam paradas desde a década de 1990 com regeneração de florestas. São 40 milhões de hectares nesta situação.
Além disso, os ruralistas fragilizaram o Cadastro Ambiental Rural, de forma que a população não tenha acesso aos dados, escondendo todos aqueles que cometem crimes ambientais e ferindo o princípio da transparência governamental para a sociedade.
A presidenta Dilma tem 15 dias para anunciar seus vetos, mas movimentos sociais e organizações ambientalistas já estão mobilizados para que a presidente derrube integralmente o projeto que saiu do Congresso Nacional.
A presidenta tem nas mãos, ainda, vasto apoio de parlamentares, organizações camponesas, sindicatos, sociedades científicas, entidades da igreja pelo veto global.
O papel dos setores progressistas é fazer pressão, enfrentar ideologicamente os ruralistas e criar um clima para que a presidenta Dilma faça o veto completo desse projeto. O meio ambiente e a Reforma Agrária estão seriamente comprometidos com este texto que sai do Congresso Nacional.
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"A Constituição garante o direito de veto à presidenta", diz Gilberto Carvalho
CPT manifesta indignação com imposição dos ruralistas de mutilação do Código

Misnerovicz: Falta de orçamento é o maior problema para avanço da Reforma Agrária


Por José Coutinho Júnior
Da Página do MST



A jornada de lutas pela Reforma Agrária, organizada no mês de abril pelo MST, foi das mais intensas dos últimos anos, conseguiu avançar na implementação de políticas públicas. No entanto, o governo não deu uma resposta em relação a medidas estruturais para garantir a criação de novos assentamentos.

“Não avançou a questão do orçamento para a obtenção de terras (que viabiliza as desapropriações), do endividamento dos assentados e da criação de um novo crédito agrícola para as famílias assentadas. Esses pontos são estruturais e ficaram para ser tratados com a presidenta Dilma”, afirma Valdir Misnerovicz, da Coordenação Nacional do MST.

Segundo ele, a falta de recursos no orçamento é um dos entraves “fundamentais” na negociação com o governo. Um exemplo é a norma que impede a desapropriação de latifúndios acima de R$100 mil. “Isso acabou inviabilizando 90% dos processos que já estavam em andamento para desapropriação e aquisição. Isso precisa ser revisto. É preciso decisão, vontade política, recursos e mecanismos para poder avançar”, cobra Valdir.
Leia os balanços da jornadaMST seguirá mobilizado até governo cumprir promessas
MST mantém ocupação de seis superintendências do Incra
MST mobiliza 20 estados pela Reforma Agrária e contra impunidade
Protestos em 17 estados por Reforma Agrária
Veja fotos das manifestações do MST
Veja vídeos da jornada

Na jornada, foram realizados protestos em 20 estados e no Distrito Federal, com ocupações de terras, protestos em prédios públicos, trancamento de rodovias e marchas.

Em entrevista à Página do MST, ele avalia as mobilizações realizadas na jornada, o processo de negociação com o governo, elencando as conquistas e as reivindicações que não avançaram.

Qual a avaliação das lutas realizadas na jornada?

A jornada foi, sem dúvida nenhuma, uma das melhores que tivemos nos últimos anos, pela quantidade e diversidade de ações, pelo caráter dessas manifestações, tanto a nível local como em Brasília, pela repercussão, pela quantidade de pessoas que mobilizamos e pelas articulações que conseguimos fazer com a sociedade e forças políticas organizadas.

Em agosto do ano passado, o governo firmou uma série de compromissos com o MST. Até agora, quase nada saiu do papel. O governo demonstrou disposição em efetivar os compromissos?

Nós nos mobilizamos e exercemos pressão. O governo precisa dar uma resposta. Depois da mobilização, o governo se recolhe e os compromissos acabam não sendo cumpridos na íntegra. Mas cada jornada que realizamos, cada pressão que fazemos força a discussão da pauta da Reforma Agrária e faz com que o governo tome encaminhamentos. Nessa jornada, boa parte das nossas demandas foram discutidas. Algumas avançaram significativamente, outras continuam em negociação.

O que avançou no processo de negociação?

Avançamos em vários programas na área da saúde. Foi afirmado compromisso de criar programas de atendimento às famílias nos assentamentos e de fortalecer a campanha contra os agrotóxicos.

Na habitação, os valores de financiamento passaram de R$ 15 mil para R$ 25 mil  e vão começar a ser gerenciados pela Caixa Econômica Federal, mudando normas de funcionamento.

Quanto à educação, avançamos na compra da produção dos assentamentos para a merenda escolar, da alfabetização de jovens e adultos, do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), cujos recursos vão ser liberados, além de viabilizar bolsas para estudantes e professores, permitindo a retomada de nossas parcerias com as universidades.

Também foi criado um novo curso de alfabetização de jovens e adultos, que há muito tempo não estava tendo.

O que não avançou?

Não avançou a questão do orçamento para a obtenção de terras (que viabiliza as desapropriações), do endividamento dos assentados e da criação de um novo crédito agrícola para as famílias assentadas. Esses pontos são estruturais e ficaram para ser tratados com a presidenta Dilma. Vai ser criado um grupo de trabalho para tratar desses pontos, compostos por membros do Ministério do Planejamento, do Desenvolvimento Agrário, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e movimentos para que haja avanços nesses pontos estruturais.

As questões que não avançaram nas negociações foram só por  causa de falta de recursos?

Nós temos vários problemas, mas a falta de recursos é um dos fundamentais. Além disso, as normas que o governo criam dificultam o processo estrutural. O exemplo concreto é o governo ter estabelecido um teto de R$100 mil  para a desapropriação de cada latifúndio. Isso acabou inviabilizando 90% dos processos que já estavam em andamento para desapropriação e aquisição. Isso precisa ser revisto. É preciso decisão, vontade política, recursos e mecanismos para poder avançar. Se todos esses aspectos não estiverem presentes, nada avança na Reforma Agrária. 

Como ficou o corte de 70% dos recursos do Incra para custeio?

A informação que temos é que parte dos recursos de assistência técnica e outras despesas correntes de manutenção da máquina já tinham sido liberados na semana passada, durante a mobilização. A outra parte será liberada no próximo período.

Mas a nossa demanda é por suplementação de recursos, e esse é um dos pontos que iremos tratar com a presidenta. O corte foi apenas na questão administrativa. Todas as informações dão conta de que a receita vem aumentando a sua arrecadação. Então vamos pressionar o governo para que libere mais recursos, principalmente para a obtenção de terras, que é o ponto mais crítico e mais importante nesse processo de negociação.

O governo vai apresentar um plano com metas para a criação de assentamentos?

Essa é a grande demanda nossa. É um terma que vamos discutir com a presidenta. Demandamos um plano que contemple todas as famílias em todos os estados. Esperamos que nesses 30 dias o grupo de trabalho do governo possa apresentar um plano que dê conta de atender no mínimo o assentamento das 100 mil famílias acampadas  do MST.

Há algum compromisso de criação de assentamentos para este ano?

O que percebemos é que tanto o Incra como o novo ministro do MDA tem clareza de que o grande problema é a parte da obtenção de terras, que é a parte mais tensa, conflituosa, mas é a parte fundamental. Não haverá avanços estruturais se o governo se limitar a lançar uma série de programas para atender o povo da Reforma Agrária, mas não desapropriar e criar assentamentos novos. A criação de assentamentos é a base que justifica a existência de outros programas. E essa é a parte que está mais complicada no governo. Foi assim nos últimos dois anos do governo Lula, e continua no governo Dilma. Isso precisa sofrer uma inversão. Isso foi colocado na mesa, e esperamos que o governo possa aproveitar o momento da jornada. Nossa tarefa é continuar a  pressão, porque cada vez que a gente pressiona, força o governo a fazer. A nossa tarefa é mobilizar e pressionar.

O que foi acordado em relação às agroindústrias nos assentamentos?

Essa questão foi consolidada. O governo informou que as tratativas em torno do programa com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Incra estariam concluídas. Agora é começar a operacionalizar.

O Movimento obteve alguma resposta sobre a audiência com a presidenta?

O indicativo é que a audiência aconteça até 17 de maio, mas ainda não tem uma data confirmada. A audiência é importante porque há questões no governo que é a Dilma que tem que resolver. Alguns compromissos foram assumidos conosco, mas precisamos apresentar a nossa avaliação e mostrar para a presidenta que não está sendo cumprido o que ela determinou. Também queremos aprofundar a discussão da necessidade e importância da Reforma Agrária nesse momento. A audiência é importante para poder fazer esse debate da questão estrutural da Reforma Agrária.

Qual o posicionamento do movimento em relação à recente aprovação do Código Florestal?

Nós fazemos parte da campanha “Veta Dilma”. A nossa tarefa é trabalhar para que a presidenta vete as mudanças no Código, que tem pontos vergonhosos, e levar a conhecimento da sociedade brasileira quem foram os deputados ruralistas que forçaram essas alterações. Acreditamos que a presidenta não vai permitir que o Código fique do jeito que saiu do Congresso, até porque ela já tinha garantido que não permitirá nenhum tipo de anistia aos desmatadores, que foi aprovada.

Poesia: Quando os trabalhadores perderem a paciência

Por: Mauro Iasi(*)

As pessoas comerão três vezes ao dia
E passearão de mãos dadas ao entardecer
A vida será livre e não a concorrência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Certas pessoas perderão seus cargos e empregos
O trabalho deixará de ser um meio de vida
As pessoas poderão fazer coisas de maior pertinência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
O mundo não terá fronteiras
Nem estados, nem militares para proteger estados
Nem estados para proteger militares prepotências
Quando os trabalhadores perderem a paciência
A pele será carícia e o corpo delícia
E os namorados farão amor não mercantil
Enquanto é a fome que vai virar indecência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Não terá governo nem direito sem justiça
Nem juizes, nem doutores em sapiência
Nem padres, nem excelências
Uma fruta será fruta, sem valor e sem troca
Sem que o humano se oculte na aparência
A necessidade e o desejo serão o termo de equivalência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Depois de dez anos sem uso, por pura obscelescência
A filósofa-faxineira passando pelo palácio dirá:
"declaro vaga a presidência"!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Lançamento do Vídeo 'A Luta continua - Sete anos de impunidade do caso Parque Oeste Industrial

Lançamento do vídeo ‘A Luta Continua II - Sete anos de impunidade do caso Parque Oeste Industrial’

A Associação de Mulheres Real Conquista e o Movimento do Vídeo Popular convidam você para o lançamento do curta-metragem ‘A Luta Continua II - sete anos de impunidade do caso Parque Oeste Industrial’. O vídeo conta parte da memória popular da luta das famílias sem-teto desde o despejo da comunidade Sonho Real, em fevereiro de 2005, até as mobilizações atuais no Residencial Real Conquista, bairro onde foram assentadas a maioria delas.

O vídeo foi pré-lançado no Real Conquista no dia 16 de fevereiro, data de aniversário do despejo e, agora finalizado, terá lançamento oficial no Sindicato dos Urbanitários de Goiás (Stiueg). O lançamento acontecerá no dia 26 de abril, a partir das 19h30. O objetivo do documentário é não deixar que um dos mais violentos episódios da história de Goiás caia no esquecimento, fortalecendo assim a luta por justiça contra as mortes e demais violações de direitos humanos praticadas pelo Estado naquela época.

Data: 26 de abril de 2012 (quinta-feira)
Horário: A partir das 19h30 - a exibição terá início pontualmente às 20h e será seguida de debate com integrantes do movimento social
Local: Stiueg - Rua R-2, esq. com a R-1, nº 210. St. Oeste, Goiânia, Goiás. Próximo à Pç do Racha

Mais informações: Eronilde (62) 8167-5772

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Reunião da COCO em Brasília


   A COCO (Coordenação Centro-Oeste), está reunida em Brasília para definir plano de trabalho regional.
Reunião COCO


A Coordenação da Região Centro-Oeste, carinhosamente chamada de COCO, está em reunião desde ontem (22), em Brasília para planejar a partir dos processos nos estados e dos desafios VIII Encontro Macrorregional as ações específicas e articuladas entre si, superando os limites acumulados pelo coletivo.
      Esta é a terceira reunião desta equipe formada em agosto de 2011 por uma pessoa de cada estado, a CN (suplentes) e o acompanhador regional com o intuito de acompanhar a região, pensando na rede regional e suas especificidades, fortalecendo e debatendo com a CN além de contribuir nos processos políticos pedagógicos e se encontrando regularmente.
        Na pauta da reunião constou a memória da 1ª reunião ampliada e XI Encontro Nacional, debate sobre a Proposta da pesquisa (gestão da informação), planejamento do VIII Encontro Macrorregional, a equipe encerra a reunião com um informativo contendo as orientações gerais para os planejamentos estaduais da recid centro-oeste, o plano de trabalho regional.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Mulheres do Real Conquista se organizam para lutar por políticas públicas para o Bairro

*Por Pedro Ferreira

Nesta sexta-feira (20/04) a Associação das Mulheres do Real Conquista se reuniram para discutir a necessidade de fortalecimento e organização da Associação para lutar por políticas públicas que atendam as necessidades das famílias que vivem no bairro.

Uma das bandeiras principais de luta da associação das mulheres é o imediato assentamento de 100 famílias que ainda não tiveram suas casas construída, isso já passado 7 anos da criminosa ação de desocupação do "Parque Oeste Industrial." Sendo que neste período varias outras famílias que nunca participaram da luta conseguiram moradia no setor.

Além disso as mulheres lutam também por creches, colégio de ensino médio para que os jovens não necessitem se deslocar para outros setores, um posto de saúde mais estruturado. Como também alternativas de formação, cultura e lazer sobretudo para os adolescentes.

Tem acontecido varias ações de violações de direitos humanos no Real Conquista que não tem tido a devida visibilidade. Descaso total do poder público que tenta passar pela mídia que tudo anda as mil maravilhas no setor. Por outro lado foi colocado a necessidade de estruturar e fortalecer a associação das mulheres para o enfrentamento dos desafios colocados no cotidiano das famílias que vivem no Real Conquista. E que são sentidos mais agudamente pelas próprias mulheres que na sua maioria são chefes de famílias, mães e trabalhadoras.

A Associação das Mulheres do Real Conquista já existe juridicamente a pouco mais de um ano, e tem sido no bairro uma alternativa de organização para as famílias que de fato querem lutar pelo coletivo e não por interesses particulares. A associação se articula com outras organizações de luta da classe trabalhadora em Goiás e tem contribuído também nas lutas gerais da classe. Pautando não só a necessidade da organização como também da formação de suas associadas. Com isso a associação de mulheres tem si fortalecido no ultimo período.

Foi deliberado a necessidade da Associação ter reuniões periódicas para se organizar e se articular para enfrentar os vários desafios apresentados, assim como se fortalecer contra o processo de criminalização e opressão das famílias que contestam ações impositivas(sobretudo por parte dos governos) sem diálogo com a comunidade.

Lançamento do Vídeo sobre os 7 anos  da desocupação do Parque Oeste Industrial

No próximo dia 26/04 - Quinta-feira, será lançado o documentário sobre os 7 anos da desocupação do Parque Oeste Industrial. A atividade será realizada no STIUEG (Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias Urbanas de Goiás), no setor oeste próximo ao Hospital Materno Infantil. A partir das 19h30.

O documentário é uma resposta a um vídeo institucional feito pela AGEHAB (Agencia Goiana de Habitação), que inclusive foi premiado, que mostra um bairro perfeito, passando a imagem de que o governo deu tudo aquilo, deixando para trás a história de luta, sangue e lagrima das famílias para conquistar suas moradias. O documentário mostra de fato como está o Real Conquista hoje assim como as famílias que fizeram parte da heroica luta no Parque Oeste Industrial. Após a apresentação do documentário haverá um importante debate. Essa atividade com certeza irá colaborar para potencializar a luta de centenas de famílias que continuam sendo oprimidas pelo estado no Real Conquista.

*Educador Popular e Militante do Bloco de Resistência Socialista

Todas e todos ao 2º Fora Marconi!


Carta de Pedido de Solidariedade dos Camponeses em Greve de Fome em Catalão


Após várias tentativas, que terminaram em fracasso, para o pagamento de uma dívida do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), junto ao banco Itaú, a senhora Elvira Cândida de Jesus Pereira decidiu entrar em jejum, por tempo indeterminado, para permanecer em sua terra. Em reunião, o Itaú propôs o pagamento de vinte mil reais, reconhecendo assim o absurdo do valor, de oitenta mil reais, que está sendo cobrado na justiça. Mas, vinculou o recebimento da dívida à homologação do leilão e ao despejo do casal Elvira Cândida, João Batista Pereira, três filhos e o genro; o que foi rechaçado pelos camponeses que lutam pela pequena propriedade.
Diante disso, ficou claro que banco Itaú não quer receber a dívida, mas, sim, expulsar a família da terra. Os camponeses querem pagar a dívida junto ao banco, mas querem, acima de tudo, garantir o direito de permanecer na terra. A propriedade foi arrematada, por menos da metade do preço, por um empresário do município de Catalão (GO), dono da Auto Escola 100% e Despachante Costa, que quer a terra apenas como fonte de lazer e especulação.
A senhora Elvira Cândida está disposta a dar a vida para defender seu local de moradia e de seus filhos, bem como sua única fonte de sobrevivência. Em solidariedade à família, o camponês e membro do Movimento Camponês Popular (MCP), Ronaldo Rodrigues da Costa, também entrou em jejum. Ontem (17), o pastor evangélico, Antônio Carlos dos Santos, e o estudante do curso de Geografia, da Universidade Federal de Goiás, campus Catalão, Paulo Cesar Mota, também iniciaram jejum.
A camponesa Elvira Cândida ainda mantém a esperança no cancelamento do leilão, mesmo sabendo que o povo brasileiro considera o poder judiciário o mais injusto, o mais antidemocrático, o mais corporativo e o mais servil aos interesses dos ricos, como vem ocorrendo no caso do banco Itaú, em Catalão. Para isso exige que:
1)    O banco Itaú peça, imediatamente, o cancelamento do leilão.
2)    O Judiciário de Catalão cancele o leilão de sua terra.
3)    O Ministério da Justiça, dado ao clima de medo instalado na região, após ação violenta da Polícia Militar de Goiás e as ameaças sofridas por várias pessoas, intervenha para garantir a segurança dos ameaçados.
4)    O Governo Federal intervenha junto ao Itaú para que o banco apresente o valor atualizado da dívida, baseado na resolução 4.028 do Banco Central, que permite a repactuação de dívidas. Além disso, na propriedade tem investimento do Governo Federal, através do Programa Minha Casa Minha, e que não consta nos autos do processo do leilão da terra.

Diante disso, conclamamos a toda a população que seja solidária com a senhora Elvira Cândida e exija que o empresário que arrematou a terra, o banco Itaú e o Judiciário anulem o leilão, permitindo que a família permaneça na terra, produzindo alimentos saudáveis e diversificados para todos nós. Também convidamos a população para visitar a senhora Elvira, que se encontra acampada, e em jejum, na praça Getúlio Vargas, no centro de Catalão, e assine o abaixo assinado de apoio.

"Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres

Quer prestar sua solidariedade? Entre em contato conosco:
comunicacao@mcpbrasil.org.br ou vá até a praça Getúlio Vargas, no centro de Catalão.
Para acompanhar fotos das mobilizações e dos manifestantes em jejum, acesse nosso site.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Estudantes da UEG protestam contra homenagem a os ex-reitores da universidade envolvidos em corrupção

 *Por Jefferson Acevedo

 Os alunos da UEG no dia 17/04 fizeram um ato na unidade de Anápolis próximo a BR-153 em protesto a homenagens aos antigos reitores, contando com a participação massiva dos estudantes de Anápolis e regiões vizinhas. As pautas de assistência estudantil, democracia interna e melhoria das condições precarias foram recolocadas e o Movimento Estudantil divulgou seguinte carta abaixo:


Universidade Estadual de Goiás
Homenagem a uma memória que gostaríamos de esquecer


Para os que ainda não sabem, ocorrerá hoje 17/04/12 na reitoria da Universidade Estadual de Goiás, uma singela homenagem. Para os estudantes, para os profissionais, para os professores, para os funcionários, certo? Errado. O tributo vai para o absurdo. Vai para uma memória que gostaríamos de esquecer. Hoje, às 9h00, ocorrerá uma menção honrosa aos ex-reitores da UEG José Izecias e Luiz Antônio Arantes: duas personalidades que compõem o grupo dos grandes responsáveis pelas dificuldades à qual a UEG se encontra.

  • Quem foi José Izecias?
Chegou ao cargo reitor da UEG mesmo contrariando o estatuto da instituição – que preconizava que, para ocupar o cargo, seria necessário ser do quadro efetivo e ter a titulação mínima de mestre. Izecias conseguiu o posto, sob a intervenção do então governador Marconi Perillo, com a missão de expandir desordenadamente o número de unidades universitárias da UEG, visando a ampliação da influência política do PSDB, bem como garantir uma área de influência que permitisse sua eleição para o cargo de deputado federal.
José Izecias, também foi o responsável por implementar um tipo de gestão que nunca priorizou o tripé ensino-pesquisa-extensão. Não houve uma política de assistência estudantil, tão pouco ações para a consolidação da UEG como um centro de excelência em nível superior. Como resultado, obteve-se uma universidade inchada, sem recursos, sucateada e com baixo desempenho nas avaliações institucionais. Uma universidade que não passava de “joguete político” e cabide de empregos.
Se não fosse o bastante, Izecias pediu exoneração de seu cargo em 2006 para concorrer às eleições no mesmo ano. Depois de uma vergonhosa derrota, tentou retornar, mas o movimento dos estudantes e professores impediu o seu retorno!

  • E quem foi Luiz Arantes?
Luiz Arantes foi o responsável por continuar a política mesquinha de Izecias e do Governo Estadual. Assim como o seu antecessor, era funcionário temporário e não atendia às exigências estatutárias. Acabou renunciando recentemente ao cargo, depois de inúmeras acusações de corrupção e desvios de verba. Isso depois de ter retirado todas as formas de auxilio despesas aos estudantes que participam de congressos; de retirar o ônibus dos professores que se deslocam de Goiânia para Anápolis; de apoiar a emenda caranguejo que diminuía o repasse do governo para a UEG de 2% para 0,25%; de legitimar e unir a um DCE pelego, que sempre agiu contra os estudantes.


Agora a pergunta que não quer calar:

  • Quem realmente deveria ser homenageado hoje?
Na verdade quem deveria ser homenageado é o Movimento Estudantil, professores e técnicos que nunca fugiram a luta; que estiveram em uma ocupação na praça cívica de 32 dias em 2007; que marcharam de Anápolis a Goiânia em 2009, que comeram macarrão debaixo do sol quente em protesto à falta de um Restaurante Universitário; que ocuparam reitoria e a BR-153; que marcharam em protesto inúmeras vezes nas ruas de Goiânia em defesa de uma universidade levada a sério; que conseguiu as 473 vagas para o concurso público de 2010; que conseguiu a aprovação do Plano de Cargos e Salários dos técnicos administrativos.
Esse movimento organizado conseguiu tirar um reitor, o concurso público já citado, barrar a emenda caranguejo, ampliar as discussões sobre as condições atuais da universidade, além de apontar várias demandas que estão sendo adquiridas aos poucos, com a consciência que todo movimento é processual e lento.


É um crime contra a sociedade homenagear, transformar esses dois indivíduos em figuras eméritas. Quanta hipocrisia existe nessa UEG? A UEG fez 13 anos e nada foi debatido sobre a situação deplorável em que a instituição se encontra.  Uma universidade que está há 13 anos se planejando, mas que nunca se transforma de fato! Enquanto isso, homenagem “políticas” são realizadas!

É hora de mobilizar. Mostrar a cara e deixar bem claro que não é esse tipo de universidade que queremos. Queremos mais! Merecemos mais! Para isso, precisamos abandonar esse passado obscuro, seguir em frente e levantar as nossas bandeiras por uma UNIVERSIDADE LEVADA À SÉRIO!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Camponeses iniciam jejum contra banco Itaú e Judiciário

*Do site do MCP:http://www.mcpbrasil.org.br

Elvira Cândida de Jesus Pereira e Ronaldo Rodrigues da Costa estão em jejum contra o banco bilionário, Itaú, e o poder Judiciário.  
Elvira Cândida de Jesus Pereira e Ronaldo Rodrigues da Costa estão em jejum contra o banco bilionário, Itaú, e o poder Judiciário. (foto: Aline Nascimento)
 
Os camponeses Elvira Cândida de Jesus Pereira e Ronaldo Rodrigues da Costa iniciaram hoje (16) jejum após o banco Itaú rejeitar acordo para o pagamento de dívida e manter ordem de despejo contra família camponesa. Elvira Cândida mora com seu marido, João Batista Pereira, três filhos e o genro em uma pequena propriedade rural, no município de Catalão. A terra foi leiloada e no final de março, um oficial de justiça, juntamente com a polícia militar, foi à propriedade, com mandado judicial, promover o despejo da família. O despejo não ocorreu devido ao acampamento de centenas de pessoas na propriedade.
Em reunião, semana passada, sobre a dívida, da gerência do banco Itaú, com o casal de camponeses e a coordenação do Movimento Camponês Popular (MCP), por intermédio do Ministério Público Federal, o Itaú requereu o pagamento de 80 mil reais e posteriormente abaixou para 20 mil reais. Mas, vinculou o recebimento da dívida à homologação do leilão e ao despejo da família. Diante disso, Elvira Cândida iniciou jejum, por tempo indeterminado, e está disposta a dar sua vida para defender seu local de moradia e sua única fonte de sobrevivência. Em solidariedade, o camponês e membro da direção do MCP, Ronaldo Rodrigues da Costa, também entrou em jejum.
Cálculos revelam que o valor máximo da dívida está hoje em 15 mil reais, respeitando a resolução 4.028, do Banco Central sobre a renegociação de operações de crédito rural no âmbito do Pronaf. Em 1997, João Batista fez empréstimo de 12 mil reais com o Banco do Estado de Goiás (BEG) para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). João Batista pagou metade do valor ao banco. O restante do valor não foi pago devido à problema grave de saúde de um dos filhos do casal. Em 2001, o Itaú comprou o BEG e a dívida dos seis mil reais restantes migrou de banco. João deu como garantia do empréstimo a penhora de animais e a hipoteca da terra, mas o Judiciário de Catalão não executou a penhora, que seria uma forma menos agravante. Houve o leilão da terra por menos da metade de seu valor e sem notificação à família.
Para evitar o despejo, camponeses e camponesas, integrantes de movimentos sociais, simpatizantes da causa, alunos e professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) mantêm há 21 dias acampamento na comunidade Ribeirão, na propriedade da família. Diariamente uma série de mobilizações ocorre pela cidade. Diante de tantas tentativas, sem sucesso, para evitar o despejo, a senhora Elvira Cândida de Jesus entrou em jejum para exigir que:
  1. O Banco Itaú peça, imediatamente, o cancelamento do leilão.
  2. O Judiciário de Catalão cancele o leilão de sua terra.
  3. O Ministério da Justiça, dado ao clima de medo instalado na região após a violência da Polícia Militar de Goiás e as ameaças sofridas por várias pessoas, intervenha para garantir a segurança dos ameaçados.
  4. O Governo Federal - que teve conhecimento do caso, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) - intervenha junto ao banco Itaú para que seja apresentado valor atualizado da dívida, baseada na resolução 4.028 do Banco Central, que permite a repactuação de dívidas. Além disso, na propriedade há investimento do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, através do Programa Nacional Habitação Rural (PNHR) e isso não consta nos autos do processo de leilão da terra. 
Comunicação MCP


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Convite: 1º de Maio Popular na Região Noroeste de Goiânia


CONVITE

O Povo que ousa lutar constrói o poder popular!
Homenagem à mulher guerreira da região, irmã do SUS,
 Madrinha da maternidade, a nossa eterna educadora Catherine que sempre
 lutou na defesa dos oprimidos, na denúncia das desigualdades sociais
 e no anúncio da organização popular nas comunidades e  nos conselhos.
Catherine está presente na nossa luta popular por justiça e igualdade”.


Em 2011 iniciamos um processo de mobilização e formação com as lideranças comunitárias na região noroeste, desencadeando 2 encontros de formação e um ato público denominado PRIMEIRO DE MAIO POPULAR- com a distribuição das 10 prioridades da região noroeste. O manifesto é fruto das demandas sociais, econômicas e culturais da comunidade, que foi sistematizada coletivamente pelas lideranças populares nas atividades de formação da Assembleia Popular.

A leitura da realidade em 2012 não é diferente. Percebemos que as pessoas que moram na periferia são as principais vítimas das violações de direitos humanos, do descaso com as políticas públicas em especial a saúde e educação.

E para denunciarmos essa realidade CONVIDAMOS os lutadores e lutadoras da região para o 2º ATO DO PRIMEIRO DE MAIO POPULAR,

DIA 1º DE MAIO
Local: Concentração no CAIS do Jardim Curitiba II
Horas: A partir 08h30
Contatos: 3203-5322

ASSEMBLEIA POPULAR DA REGIÃO NOROESTE DE GOIANIA E FÓRUM DO GRITO DOS EXCLUÍDOS/AS